quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ser Pobre...




Um pai, bem na vida, querendo que o filho soubesse o que é ser pobre, levou-o a passar uns dias com uma família de camponeses.


O menino passou 3 dias e 3 noites no campo.


No carro, quando voltavam para a cidade, o pai perguntou-lhe:

- Como foi a tua experiência?

- Boa, responde o filho, com o olhar perdido à distância.

- E o que aprendeste? - insistiu o pai.

O filho respondeu:

- Que nós temos um cachorro e eles tem quatro.

Que nós temos uma piscina com água tratada que chega até metade do nosso quintal, enquanto eles tem um rio sem fim, de água cristalina, onde há peixinhos e outras belezas.

Que nós importamos lustres do Oriente para iluminar o jardim, enquanto eles tem as estrelas e a lua para iluminá-los.

Que o nosso quintal chega até ao muro, e o deles chega até ao horizonte.

Nós compramos comida já feita, eles cozinham, nós ouvimos CD's... eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos... tudo isso, às vezes, acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha a terra.

Nós usamos microondas, tudo o que eles comem tem o glorioso sabor dum fogão a lenha.

Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro com alarmes... eles vivem com as portas abertas, protegidos pela amizade dos vizinhos.

Nós vivemos ligados ao telemóvel, ao computador, e à televisão. Eles estão "ligados" à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras e à sua família.


O pai ficou impressionado com a profundidade do filho e então este terminou:


- Obrigado, pai, por me teres ensinado o quanto somos pobres!


Fonte: Algures num e-mail que recebi...

.

3 comentários:

GZ disse...

pobres e ricos... é uma questão engraçada...

vivo entre estes dois mundos. onde nasci, cresci e ainda volto, onde estão os meus avós, "neto a reforma so me faz falta para os medicamentos e peixe, de resto tenho tudo aqui" conversa do meu avô numa das visitas de fim de semana. e depois a "minha" lisboa, onde ás vezes se tem receio de andar na rua, onde os constantes apelos ao consumismo (que não sou totalmente contra) abundam pela cidade na forma de placards de publicidade, anuncios e coisas demais.

Sinto a falta de um, quando estou no outro, vivo no meio desta confusão e tento tirar o melhor que consigo das duas realidades.

Não há nada como as estrelas vista da minha varanda na casa dos meus avós e não há nada como a vista que tenho da minha varanda sobre o tejo e sobre lisboa.

beijos
GZ

leve_brisa disse...

GZ, eu própria vivo como tu tão bem descreveste: a dualidade entre mundos tão distintos.

Temos essa sorte, conhecemos duas realidades e como tu próprio o disseste, quando estou num lado, sinto a falta do outro...

mas ainda assim acho que eles são mais ricos que nós, nesta riqueza não inclue dinheiro...

bjo

Unknown disse...

pura realidade,

eu tambem conheco esas duas realidades